domingo, 11 de janeiro de 2009

Tempos sombrios

Quando o sol se apresenta ofertando-me o dia, cansado, encontro-me nos caminhos da noite que percorri em minha busca...

Caminhei entre alamedas, becos, cantinhos, procurando algo que perdi, algo que se foi... Coração cansado...

Nesta busca que parece infinita colho as lembranças de um tempo onde as estrelas tinham mais luz, minhas noites eram de luar, o nascer dos dias de esperança...

Quando olhava para o lado, ali você estava, me fazendo acreditar no amanhã, dando-me as forças que tinham sido roubadas.

Ah! tempos estes de doce amor, de noites que se misturavam a dias e tardes de amor selvagem, entrega de corpos entrelace de almas...

Agora, sem você, nesta procura de poder descobrir onde estarão minhas forças perdidas, descubro que vivia ao lado de uma miragem...

Neste caminhar que se faz fardo pesado, encontro de zumbis, noites frias, madrugadas tenebrosas, uma busca exagerada, voltas meio ao nada, a alma exausta, a descrença tomando conta de meu ser...

A lágrima, única companheira, o olhar diante do mar que toma conta de meu ser fazendo viajar entre tempos passados...

Lembranças doces, outras amargas volta ao habitar o espelho, a minha espera, a marca do tempo na face, ao redor, cheiro de solidão, pálpebras pesadas...

Fecham-se os olhos, entrega ao sono sem sonhos...

Afinal onde está o que perdi?

Quem sabe um dia abra os olhos e possa enfim encontrar...

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