Ah! Se eu soubesse onde moras,
Em que rua, em que avenida,
Em que escaninho da vida,
Em que tempo e a que horas?
Ah! Se eu soubesse a morada,
Onde te sentes feliz,
Em que mundo, em que país,
Em que lugar, em que estrada?
Só acho o teu endereço,
Escrito a corpo inteiro
Junto do meu travesseiro,
Nas noites em que adormeço.
E no sonho em que te deito,
Nos meus lençóis de cetim,
Tu moras dentro de mim
E adormeces no meu peito.
Fico outra vez na incerteza
Quando o sonho vai embora,
Perco o sítio onde ela mora
E encontro a minha tristesa.
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