Ah! Alvo corcel,
venha e me traga tua poesia
eleita pelo luar e traga-me também
a fonte d’onde surgirá minha musa,
envolvida num dourado manto,
deslumbrante coma a Dalva, a estrela
sedutora, como a rosa,
que desenharei sua silhueta
talhada em marfim,
fogosa em emoção!
Alvo corcel,
traga-me em brancas folhas
a canção enternecida,
o cantar da viola
em quimeras e primaveras,
pois quero cuidar de teu jardim,
no crepúsculo ser tua semente,
na alvorada ser teu olhar,
sua água nascente!
Ah! Alvo corcel,
do horizonte vem teu galopar,
já sinto em minhas letras,
o enredo, o brilho da bela
em suas meigas fantasias,
trazendo na transparência,
o seio nu, a altiva fragrância
que faz dela a pétala do amor
em suas ecléticas pinturas!
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