sábado, 10 de janeiro de 2009

QUANDO O AMOR DESAPARECE

Uma coisa que é uma das maiores verdades da vida, são as surpresas nem sempre boas que ela nos prega, são surpresas que por vezes chegam a ser cruéis, quebrando ilusões, desmanchando esperanças, machucando almas.

Acreditamos em alguém, julgando haver encontrado aquela pessoa que poderá complementar nossa vida, e assim, nos entregamos sem reservas a um sentimento, julgando haver encontrado o amor de nossa vida.

Acontece que por razões inexplicáveis, o sonho vira pesadelo, sem que sequer saibamos porque aconteceu. Aquele alguém, que se dizia apaixonado, que dizia sermos o complemento de sua vida, simplesmente some no nevoeiro, desaparece nas brumas de sua covardia. E isso acontece mais vezes do que se pode imaginar.

Quando isso acontece, os dias antes alegres e felizes, caem na mais profunda tristeza. É quando vemos que a vida pode ser paradoxalmente, generosa e mesquinha, e em como poderemos reagir às adversidades, descobrindo como conseguiremos ser fortes em momentos de solidão, resgatando a coragem de viver, sabendo superar a perda de um amor que acabou, quando a vida, parece um poço fundo, onde caímos de cabeça e mergulhamos no caos total. As lembranças criam corpo e nos remetem de volta, numa tristeza infinita, numa saudade profunda, e sentimos a vida pontuada de incertezas. Emergimos, na intenção de resgatar o que sobrou do sonho e, se nada mais restou, precisamos consertar o que sobrou de nós mesmos, costurar os retalhos, colar os cacos.

Todas as coisas vividas, sentimentos, desejos, esperança, são jogadas ao vento, como se não tivesse acontecido, tudo acabado, sem presente, sem futuro, só com o passado a perpetuar impressões e a provocar mais saudades.

Percebe-se, simplesmente que não há resgate possível, porque aquilo que se viveu ficou impresso na alma, nos sonhos, nas lembranças. O mundo continua em seu movimento, as pessoas seguem vivendo, a vida segue em sua rotina, apenas nossa vida parece ter sido quebrada, e descobrimos não mais sermos o centro do universo daquele alguem, e é chegada a hora de olhar o sol nascer, apagar da alma a escrita da última aula e tentar passar a vida a limpo, como se o caderno da sua vida começasse a ser escrito de novo.

Essa é a verdadeira lição de vida, na vida e para a vida, quando alguém acredita nas falácias de quem disse estar apaixonado, disse ter descoberto a pessoa que tanto buscou durante toda a vida, mas que de repente deixou de escrever, de dar notícias, e que simplesmente fugiu do contato de quem dizia ser a luz de seus dias, deixando uma indagação no ar, "o que pode levar uma criatura a fazer tal jogo?" Chegar ao ponto de fazer planos e mais planos de uma vida em comum, e de repente sumir, sem sequer dar uma satisfação? Isso denota uma falta de caráter invulgar. Creio não ser lícito jogar assim com os sentimentos de uma pessoa.

Fica também um alerta. Devemos sempre tomar cuidados nesses relacionamentos, procurando sempre conhecer bem o caráter da pessoa, antes de entrarmos de cabeça em um relacionamento.

Uma coisa é uma simples paquera inconsequente, quando praticamos o salutar esporte do namoro descompromissado. Contudo, quando se chega ao ponto de se fazer planos para o futuro, quando se conversa inclusive sobre onde irão morar, é porque está realmente havendo algo sério. Já passou da paquera para o romance efetivo. Logicamente, dá-se esse passo quando efetivamente existe o interesse.

Quem toma uma atitude dessas, revela uma total falta de caráter, e claro, provoca uma revolta mais séria por parte de quem se considera uma vítima de quem sequer teve a hombridade de, pelo menos justificar-se por essa atitude desleal e covarde.

Lamentando fatos como esse, desejo a todos UM LINDO DIA.

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