Tenho mais algum tempo para sonhar,
ainda que confuso,
consigo caminhar até meu lugar,
não sei aonde, na verdade nem importa.
Ouço o telefone do orelhão da esquina,
um homem cabisbaixo anunciando
uma lua ao meio dia pra vender,
e, um sentimento de nunca mais ser igual.
Hoje é este meu mundo passado,
uma distancia que fica perto,
logo ali na esquina da felicidade,
sonho com ela, mas não vou buscá-la.
Que toquem os telefones, todos,
avisem que chego para ficar,
esse é o mundo do meu jeito,
do gosto que quase todos se realizam.
Preciso parar, preciso parar de sonhar,
amanhã renasço, pra depois esquecê-la,
hoje é o último dia da minha vida,
uma nova, como antes, como serei agora.
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