sábado, 10 de janeiro de 2009

INFINDA SAUDADE

Surges no fim do dia com o arrebol!
Vejo, num clarão, teu vulto alado...
Teu manto flutua na fulgência do sol
Como brisa suave, pousas a meu lado!

Envolta num véu cor de açucena...
Esparges o perfume dessa pura flor!
Cai dos teus olhos uma lágrima amena
Que foi no passado fragrância de amor!

Chilreiam os pássaros, o dia se vai!
Num tom rosicler teu vulto se esfuma.
Fico só, na penumbra, a noite já cai!

Chegas do Além, sempre ao fim da tarde!
Numa brisa amena me deixas teu beijo...
Que é pranto duma eterna saudade!

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