segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Dúvidas

Passos lentos, olhar fixo no horizonte...
Nesse meu caminhar, fiquei a recordar
O que já passou...

Olhei para o firmamento, o céu ainda estava azul
Uma nuvem voava sem rumo, sem prumo,
Pensei e senti saudade.

Colhi num jardim, uma flor, ela recebera os mimos
Do velho jardineiro triste elo amor não correspondido,
Ele, como eu, parecia perdido.

Prossegui no meu caminhar, saí da minha infância,
Não tinha mais quem me acalentasse, vivia de sonhos,
Eram novos os caminhos.

Nesse caminhar tinha espinhos, mas havia flores
Vivia os primeiros amores que me enchiam de ilusões,
Prossegui no meu caminhar.

A amizade, como o amor, carece de sinceridade,
Havia hipocrisias, mentiras e subserviências,

Difícil conviver com as falsidades.

Quanto ludíbrio! A vida precisa de equilíbrio.
Na vida nada é constante, sucedem-se tantas realidades,
Às vezes, tudo é vago. Às vezes, também, profuso.

Isso me deixava confuso. Parei para raciocinar,
Eu precisava encontrar um rumo certo, nem que fosse longe
Queria conhecer o meu destino.

Vi-me, nesse instante tão pequenino!
Num bradar, gritei, blasfemei, saber aonde eu queria chegar.
Era assim a minha vida, o meu caminhar.

Vivo de confusos pensamentos, às vezes falta-me guarida,
São momentos controversos que confundem a minha vida,
Essa vida que são a soma de momentos...

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