sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

ABRINDO OS PORTÕES DO JARDIM

Deitando minhas mãos, à terra, enquanto
tu vais limpando o suor de meu rosto,
vou desimpedindo o solo, retirando todas
as ervas daninhas, que ameacem
colonizar, as belas flores, que, num esforço
solene, tentam alcançar, o azul do céu.


No fundo, um jardim, bem cuidado, diz
muito, de quem dele cuida, pois,
se viça a erva má, fenece, todo
o nosso trabalho.


Assim, e, ao que és, levando-te
em apreço, aos outros, deves mostrar,
somente, o melhor de ti, abrindo
as portas de teu jardim, mostrando
apenas, o que de melhor, há nele.


E num canto, só a nós visível, então, aí,
deixemos crescer, a erva silvestre,
em plena liberdade, porque essa é
a sua natureza, e, espaço, lhe cabe, por
direito.


Nada estás pois a olvidar, ou, aos
demais, engano levas contigo, que, o
bonito, é para se mostrar, publicamente
(e és tu), tudo o mais, fica com
cada um de nós, em sua privacidade.

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