terça-feira, 1 de julho de 2008

Súplica

Pára, mundo! Não gire assim depressa!
Preciso de mais tempo, me conceda...
Minha hora rica não pode ser essa,
Em que sozinha trilho essa alameda.

Seguindo em frente como ré confessa,
Sem vislumbrar pequena labareda,
Sequer ínfima brasa nem promessa...
Onde me levará a rude vereda?

Ah! Que me importa, se preciso tanto!
Se minha alma calada e dolorida,
Insiste em algum dia ser querida!?

O meu doce pecado enxuga o pranto,
Que a única virtude faz rolar,
E soluçando, a dor vai se deitar...

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