segunda-feira, 28 de julho de 2008

INTRANQUILO

Estou intranquilo.

Tudo me parece tristemente imóvel.

Tudo é verdadeiramente opaco.



Só o sonho não é mentiroso

E nele sente-se isto, aquilo

Que atinge o forte e o fraco.



A realidade é crua, um horror

Quando nos estremece no acordar p’rá vida

Numa desumanidade que não queremos.







Estou intranquilo.

Todos fazem parecer o que não são

E suspeito de mim mesmo, sem perdão.



Mas torno a mim implorando

Contra os erros que até hoje cometi

Deixando meus olhos no momento em que te vi.



Julguei-me nesse beijo

Despertar, certo e seguro

E fui nessa aventura, na leveza de um desejo.



Depois voltei a chorar e a morrer

Num sem futuro!

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