quarta-feira, 30 de julho de 2008

Tempo de morrer

Hoje está um tanto frio para morrer,

não sei que tempo ainda tenho,

as horas passam logo, e eu continuo,

uma pessoa comum disfarçado de poeta.





Algumas vezes rezei e não doeu, garanto,

até o sorriso depende de outra boca,

senti que não moro sozinho em mim,

imagine, o beijo, o gosto, fazer amor.





Poucas vezes senti saudade, só agora de manhã,

depois reencontro meus desejos e retomo,

é como nascer a toda hora e viver sem perdão,

assim faço cena e não espero o calor para morrer.





Quantas vezes tenho certeza da minha alegria,

das tristezas prefiro não lembrá-las por agora,

somos rosário dependurado no pescoço de um deus,

desfiado a revelia, sem direito de ficar ou morrer.

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