quarta-feira, 30 de julho de 2008

Barco ancorado

Um dia procurei por ti alucinadamente,
Naveguei por mares e ares, vaguei por ai,
Solta, simples deriva, desatentamente.

Quantos faróis brilhando perdidos,
Cintilando sua luz e encantando-me
Com seu canto lúdico e afetos prometidos...

Finalmente encontrei-te encanto meu...
Nada mais busco, aporto ao teu cais, sou tua,
Inteira, ancoro-me ao lado teu.

Marola suave que penetrou pela escotilha,
Preencheste todos meus vagares vazios,
Sou teu oceano, és minha segura ilha!

Navegue-me se quiseres, sempre que a mim quiseres...
Estarei aqui à tua espera ave liberta,
Aportada, ancorada, para sempre me veres.

Não quero mais navegar a não ser dentro de ti,
Nada mais procuro pois teu laço me arrasta
E teu nó, marinheiro, me basta!

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