sábado, 31 de maio de 2008

Amor invisível

Hoje não mais existo,
passei ao seu lado e nem notou,
aquele poeta, era eu,
aquele escrito era meu.


Um dia me declarei e você não me leu,
deixou minhas letras do lado,
bem do lado de fora da sua vida,
ali no canto da escrivaninha.


Queria eu estar mais perto,
não agora, queria estar junto,
não agora que já não tenho carne,
não hoje que sentiu que eu existia.


É, o dia acabou, a tarde, não tem noite,
os recados no celular, os poemas,
os olhares quando você passava,
acabou o corpo, acabou a voz.


Deixo-te um conselho, se é que posso,
olha ao seu redor e veja como está só,
sua companhia não te basta, não para sempre.
Morri hoje, com a morte morreu meu amor.


De que adiantam as flores?
De adianta agora ficar perto?
De que adiantam as lágrimas?
De que adianta uma vida sem amor?

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