quinta-feira, 29 de maio de 2008

Amor Imaginário

Teu amor está marcado em meu peito
como uma chama que vagarosamente
foi se extinguindo por faltar oxigênio
sob a ação do teu silêncio perturbador

Minh`alma tristonha vaga solitária
por entre as nuvens desagregadas
buscando teu rosto perdido na memória
sem entender ainda o teu ressentimento

Busco ansiosa os porquês de toda a trama
dos meandros que motivaram o teu afastar
Ainda muito me inquieta saber que tão cedo
um amor se rompeu, sem sequer se desnudar

Teus inúmeros receios em correr os riscos
de saber-se ou não amado à distância
vem ao encontro dos meus na intensidade
em que palpitam todas as ilusões perdidas

Sinto que de ti, sangra tanta tristeza
que mal consigo segurar as lágrimas
que descem pela face, tal qual a chuva
que lava a alma da angústia da incerteza

Assim vagamos os dois solitários
tentando fazer do esquecimento
o bálsamo que irá curar esta desdita.
Uma chaga aberta ainda dói no peito.

Loucos fomos por acreditar num momento
que poderíamos conter estrelas em nossas mãos,
sorrir ao vê-las e num longo beijo, desfalecer no amor.
Ah! Doidos somos! Foi tudo e tão somente a imaginação!

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