sábado, 1 de março de 2008

MUITO ESTRANHO

É madrugada quase manhã
O tempo está quente abafado
Estou sentado à mesa de um bar
E me vejo afogado dentro de um copo de cerveja.
Pensamentos estranhos
Pessoas estranhas
Olhares estranhos perdidos assim como o meu,
Num nada.
Estou estranho,
Muito estranho...

Pensamentos voam
Me fecho assim como meu semblante
Me pergunto o porque dessa minha tristeza.
Estou sentindo falta de mim
Procuro uma explicação
E acabo nem mesmo sabendo
Porque tanto maltrato meu coração.
Meu coração. Hum!

Minha mão traça em linhas
Uma figura feminina
No verso de meu maço de cigarros
Que chegou ao final.
Escrevo repetidamente um nome
Um segredo
Meu segredo.
É, esse meu coração traiçoeiro
Que aprontou uma armadilha
Armadilha pior das que pegam os lobos...

Eu um batedor de trilhas em montanhas
hoje escondido atrás de um copo.
Eu um amante da natureza
Abraçado a uma dose de vodka.
Eu um catador de letras,
Formador de palavras
Traído por meu próprio coração.
Acabo o desenho
Escrevo uma poesia
E com certeza
A quem meus pensamentos estão voltados,
Deve estar no terceiro sono
Abraçada com um outro...

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