quarta-feira, 26 de março de 2008

Filhotes

eis o seu
eis o meu
quando fecho os olhos
peço muitas coisas

mas creia
apenas uma mulher quero
ao acordar
terra que é terra

linhas travadas
ondas do mar
venha se alimente
dos versos de amor

a caneta falha
a tinta não se espalha
as mãos perdem o senso
mesmo assim, aí de mim

muito me irrita
olha o que grita
busquei um poema
nasceu uma flor

não é tempo de castigar
não é tempo de lamentar
escrevo pedaços de vazios
espero a chuva

o homem cria
o homem pensa
o homem imagina
o homem faz

uma hora vou ficar na frente
uma hora vou ficar atrás
uma hora vou chegar
uma hora vou partir

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