Existem aqueles dias que nada queremos fazer, nada nos agrada e nem nos dá prazer.
Queremos estar a sós, entrando em devaneio buscando talvez outros mundos dentro de nós.
E as vezes até encontramos esses mundos sim.
Deparamos-nos com a surpresa de conhecermos outros mundos, outras esferas onde impera a sublimidade de uma intensa paz.
Adentramos outro espaço, outro universo, inverso talvez daquele nosso mundo material, infernal, cheio de ódio, desprezo, discórdia e guerras, que leva o homem ao pódio da ignorância, como se esse feito fosse seu maior troféu, cobiçado desde a infância.
O mundo que encontramos quando adentramos em nosso interior,
É um mundo incomparável, inigualável a qualquer outro. É uma mansão sem fim. É o mundo que está em todos, nele em você em mim.
É o mundo do nosso espírito, é a morada da nossa alma, onde nos sentimos envolvidos numa intensa calma. Ali nos deparamos com alcovas suspensas no ar a nos convidar a deitar nossa alma e deixa-la adormecer, para a reencontrarmos num outro amanhecer.
Na casa de meu Pai há muitas moradas, Alguém muito amado assim já disse.
Sim, na casa de nosso Pai existem muitas moradas, que é dado a conhecer a
muitos, mas a poucos lhe é concedido a chave para adentra-las e ver
a sublimidade maior, da morada do amor.
Para encontrarmos a chave desses mundos e dela tomarmos posse, é necessário que tenhamos sido aprovados no vestibular da humildade e termos muito estudado e aprendido a arte de perdoar, a virtude da solidariedade, da compaixão e a ciência da comiseração.
Aquele mesmo Alguém por isso também disse em sua sagrada prece:
Agradeço-te ó Pai, por ter ocultado essas coisas aos ricos e poderosos e as ter revelado aos pequeninos e humildes
de coração.
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