sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Lembranças do amor

Vago lembranças
por caminhos de pele,
um abraço solto,
sem atalhos,
sem pontes,
entre um e outro abismo,
corro meus medos,
de te perder e me perder.


Volto e olho o vazio,
ela não está,
estou como beira
de um nada.


Os olhares têm pontas,
dedos são como flechas,
a língua aguda
fere com palavras,
um conto de nós,
um erro de amor.


Sou nada sem seu nada,
uma ponte no meio
de uma estrada sem rio,
sem valas,
sem mentiras,
apenas, nada.


Peço e beijo-te,
a lembrança,
a taça de vinho,
pro arrepio de desamor,
um pedido,
para outra noite,
sem a ilusão de ficar a espera,
ligo pra falar de amor
ou só pra dizer...
Te amo.

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