domingo, 30 de agosto de 2009

ESTRO

Com desvelo, um tanto despreocupado,
pouso meu cotovelo esquerdo sobre a mesa,
enquanto a mão descansa no encontro
com o queixo. Braço direito estendido, a
toda a largura da mesa, segura em sua mão
uma bela caneta e uma folha toda em branco,
assumindo a mesma disposição do braço.


Pelo chão várias são as folhas caídas a meus
pés, largadas em desgraça e sem inspiração.


Tento organizar ideias e trazer até mim os
ideais de uma vida (bem ou mal vivida) que
tragam alguma luz à minha fúria poética.


Acendo um novo cigarro e um pauzinho de
incenso, de cheiro embriagante… enquanto
preparo meu banho com pétalas
de rosas brancas, tão brancas como a neve.

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