terça-feira, 1 de julho de 2008

FRIO DA ALMA

Enfraquecia-se o sol, em um brilho compadecido,

nos olhos nebulosos refletidas lágrimas deixando escorrer os medos.

Entristecida face mostrando mágoas,

dessas que a razão não pode contestar.



E mesmo os anjos se perdem na fúria

de relâmpagos riscando céu,

no ilusório clarão da tempestade.

Chuva encharcando asas

limitado vôo,

desalento trazido em

incomodo vento.



Harpas guardadas inibindo dedos e nas

carícias das cordas

acordes esquecidos, notas no papel

em rasuras de melodias.



Tantos dias vivera de sorrisos,

lábios balbuciando graças, cantarolando incansável liberdade.



Trouxera consigo desacreditado beijo,

fonte de desejos na gota do orvalho em

flor de bem-me-quer.



Outrora tonalidades foram largadas na cantiga de um pôr-do-sol,

no desprezo mostrara a noite solitária, despida de luar.



Foi preciso um jeito único de acreditar, querer estrela perdida que embala paz.

Essências aquecendo o coração

reavivando o furtivo amor,

calor no refúgio do

frio da alma.

Sem comentários: