Enfraquecia-se o sol, em um brilho compadecido,
nos olhos nebulosos refletidas lágrimas deixando escorrer os medos.
Entristecida face mostrando mágoas,
dessas que a razão não pode contestar.
E mesmo os anjos se perdem na fúria
de relâmpagos riscando céu,
no ilusório clarão da tempestade.
Chuva encharcando asas
limitado vôo,
desalento trazido em
incomodo vento.
Harpas guardadas inibindo dedos e nas
carícias das cordas
acordes esquecidos, notas no papel
em rasuras de melodias.
Tantos dias vivera de sorrisos,
lábios balbuciando graças, cantarolando incansável liberdade.
Trouxera consigo desacreditado beijo,
fonte de desejos na gota do orvalho em
flor de bem-me-quer.
Outrora tonalidades foram largadas na cantiga de um pôr-do-sol,
no desprezo mostrara a noite solitária, despida de luar.
Foi preciso um jeito único de acreditar, querer estrela perdida que embala paz.
Essências aquecendo o coração
reavivando o furtivo amor,
calor no refúgio do
frio da alma.
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