quinta-feira, 2 de agosto de 2007

o que sobrou?

Estilhaços?
Por vezes passo...
Ofegante busco no instante
o reabsorver do ar, e me refaço.

O porquê de tanta mesmice
nesse emaranhado de tolices,
inda continua denso mistério...
Feito bruma de mal etéreo.

Mas vou...
O que não mais refulge em letreiros,
assume-se por inteiro
na opacidade do que se desarvorou.
Aí indago:
O que sobrou?
Será que nas rimas e versos que faço
existe algo além de querer ser o que sou?
Ou será que contundentes,
as poesias que fluem de minha alma
são imprudentes,
e embaçam os dias
causando transtorno à acalmia?
(isso se realmente calmos,
forem os dias...)

Pode ser que os olhares sejam outros.
Pode ser que não estejam soltos.
Pode até ser que quem se arvora em saber
na realidade inda não conseguiu entender
que nada sabe,
e por isso fere-se na ponta do sabre.

Mas entre ditames e quereres
do que com diculdade fez-se e se formou,
o que sobrou?

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