sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Anéis do tempo

Estamos acorrentados ao passado,
cheio de saudade,
vendo o presente, com perfume do futuro
brotando no amanhã, sem vacilos,
colhendo nos atalhos as emoções que plantamos,
sem sabermos se teriamos tempo
de a luz do dia assistir
as flores desabrocharem na primavera.
Esse desejo, essa paixão, essa vida,
precisam continuar escutando,
no silencio, a nossa canção.
O verão passou, aqueceu a magia;
o inverno regou a saudade com o degelo da fonte
que as gotas renovam, espelhando nos frutos
um outro desejo, com a mesma ilusão,
que ocupará a transformação risonha,
renascida no tempo, sem medo de sonhar,
ou perder os anéis do passado,
que brilham nas estrelas,
falando a verdade que sentimos
e faz pulsar o coração
que ninguém pode arrancar,
ou entender no porque é impossivel esquecer
que vida é sol, aquecendo,
do infinito, o nosso amor, sem palavras,
mas com a verdade que sempre vamos nos amar,
anelando a paixão, intercalando o desejo,
sem entender quem é o dono da maior emoção
que eclode dentro do coração.

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