quarta-feira, 1 de agosto de 2007

INFINDOS SENTIMENTOS

Se eu não te amasse tanto assim,
Secaria a saudade que pranteia
Numa dor muda que serpenteia,
Oculta, consistente e sem fim...

Se eu pudesse despedir sua imagem,
Que desliza no centro das lembranças,
Desfolharia floradas de esperança,
Idealizando um tempo cego de paisagem.

Teria de esquecer do seu corpo, o cheiro...
O calor candente e ávido de mãos
Abrindo trilhas de uma louca paixão,
Percorrendo o meu, por inteiro...

Teria que renegar infindos sentimentos,
Que pulsam delineados e definidos.
Despir os sonhos de encantamento...

Seria tal qual, apagar a luz da vida,
Emudecendo na alma toda emoção
E morrer, a cada noite amanhecida...

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