Soltar-me no todo
como se o todo pertencesse
a minha essência...
(e pertence)
Deixo voar minha consciência
pelos labirintos que insistem
em embrear,
pensamentos que poderiam
libertar no clarão do dia,
o soltar de meu corpo/alma
nas corredeiras cristalinas da poesia...
Tentar saber-me o suficiente...
Não quero saber-me de cor
pois a prior,
o questionar é que dá-me sentido.
Por isso, esse mirante colorido.
Por isso, esse canto meio que calado,
escondido,
mas que se faz reverberar
pois suas notas são energia pura...
Ver-me vendo a grandeza
que de mim se acerca...
Sentir-me sentindo toda a beleza
que se mantém aberta,
e nada discreta,
mostra-se...
Que vontade imensa de me soltar.
Que vontade imensa de me fazer entender...
Que vontade imensa de poder dizer
que sou justamente,
o inverso do que muitos pensam...
Eu sou em verdade
um sonhador...
Que teve coragem, escalou...
Que teve vontade, amou...
E que quando se sentiu no cime,
completamente estupefato, deslumbrado,
deixou o silêncio fazer-se fundo,
e se calou...
E clareou
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