Quais tristes cães sem dono
cruéis dias nos orfanatos
trágicas vítimas do abandono
à adoção pobres candidatos.
De nossos pais nada sabemos
Nem da família, do nosso lugar
Rudes razões ao desdenho
Não temos por nos alegrar.
Dias cinzas, tão sós e iguais
Tratam-nos com desdém
Infantes sofridos, marginais
Isolados, somos frágeis reféns.
Mas a luta tenaz persevera
Corações aflitos de crianças
Longa e angustiosa espera
Límpidos rios de esperanças.
Sonhada liberdade há de chegar
Nosso justo resgate afinal
Longe daqui, em qualquer lugar
Um tratamento fraternal.
Por favor levem-nos daqui...
2 comentários:
Obrigado por publicar minha poesia.
Seu blog está lindíssimo, parabéns.
Bela poesia,
belo Blog.
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