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quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

GUEIXA DE AMOR

Fui uma gueixa que muito aprendeu
que muito viveu
que sentiu alegrias e muito sofreu....
Aprendi a viver para ao outro agradar
e, muitas vezes me esquecer
que vim ao mundo para crescer
e, muito feliz ser....
Porisso aprendi a agradar
mas nunca esquecer de mim....
Aprendi a dançar
uma música que nunca terá fim...
Aprendi a cantar
horas de solfejo e treinamento...
Que sempre me levaram ao encantamento...
Aprendi o piano tocar
quase junto com o meu balbuciar...
Aprendi a fazer tudo
que minhas mãos pudessem alcançar...


Aprendi a amar com o meu grande Senhor
amar ao outro como amo a mim...
Aprendi a perdoar para ser perdoada...
Aprendi a viver a vida
como um presente diário
como dádiva de Deus que não terá fim,
pois, quando esta estrada terminar
uma estrada para o Infinito vou iniciar a andar...

domingo, 20 de julho de 2008

Aviso

Dispensei a mordaça
e declarei.
Foi mal, eu sei.

Vacilei.
Tinha esvaziado a taça.

Sabes era madrugada,
a lua estava triste, despedaçada.
Eu?
Eu estava desesperada.

Dai meu coração indiscreto
declarou meu sentimento secreto.
Mas é amor, só amor ...
Parece novo, mas é antigo,
pois esteve sempre comigo.
Daqueles que entram
pelas frinchas do postigo
misto de presente e castigo.

Mas te aviso:
-Não corres perigo.
Só falei contigo.
Dono absoluto deste sentimento.
Confessei a ti o meu tormento,
de pensar em nós,
a cada momento.

Sei que é Amor do talvez
que não se fez,
daqueles que não tiveram vez.

E afinal nada
me prometeu.
Eu, apenas eu,
te imaginei meu

sábado, 5 de abril de 2008

Me abraça!

Eu queria menos dez anos. Não pela idade, essa nem traz tanta saudade, mas porque eu vomitava poemas, versos de alguém que sonhava.

— Garçom traga outro chope!

Eu queria que hoje fosse dezembro de 1997. Com as gêmeas espiando o céu de Manhattan, burcas sem ameaças e Peterson tocando Tenderly.

—Peça um tira- gosto de nostalgia.

Eu queria que amanhã fosse janeiro aqui no meu Rio e você, com um sorriso, correndo no calçadão sem filtro solar.

—Aperta minha mão?

Eu queria de volta aquele fevereiro imperfeito que teimava em ser junho e se vestia de dia dos namorados.

—To caduca?

Eu queria um março com águas sem acidez, uma calda de doce com muito açúcar zoando do zero cal.

—Me olha nos olhos.

Eu queria um abril sem primeiro, que desmentisse que não mais existe um cantinho e um violão.

—Consegue ver o Corcovado com essa constante neblina?


Eu queria um maio com mãe pra eu fazer um lindo cartão.
—Tem um cisco no meu olho?

Eu queria um junho de caipira, bolo de fubá e que no céu só explodisse fogos de artifícios.
—Repara no meu arrepio.

Eu queria um julho com férias escolares, crianças sem alcunha de pivete e sentir a paz dos justos no coração.
—Quantos morreram no vôo da Tam?


Eu queria aquele agosto que desmente a rima, que quebra a sina e se antecipa em flores.
— Não me fale das criadas em estufas que nascem sem o beijo do colibri.


Eu queria um setembro com cheiro de tangerina brincando que é outono.
—Frutas agora, em qualquer época do ano, têm gosto de importação.


Eu queria um outubro contente e poder soprar minhas velinhas com Sabino novamente.
—Viva o Fernando!


Eu queria um novembro com dia dos vivos e com orgulho da nossa bandeira.
—Quantas medalhas já temos no Pan?


Eu queria um dezembro que não fechasse o ano e que voltasse a esse janeiro que tinha o jeito de filho recém- nascido.
— Por que não inventaram a cura pro tempo?


Mas o que eu queria mesmo era me reencontrar e sentir que apesar desse mundo estar tão do avesso ele vira direito quando tenho você presente na batida do meu peito.



— Preciso de um abraço já!

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Um corpo em poema

- Assumo:

Eu sou os pés
do encontro.
A mão que desliza
pelo proibido.
A razão sem sentido.
Emoção!

A face do beijo
os lábios do desejo.
O prazer que desbrava o corpo
a pele que arrepia.
A nudez.
O sexo que dispensa as vestes.
O verso e a prosa
palavras sem conceitos de pudor.

- Resumo:

Eu sou a pornografia
em forma de poesia
que adora lhe atormentar
meu amor.

sábado, 1 de setembro de 2007

Gatos em teto ardente

Invado seu telhado. Sim! Ele é de zinco. Dispo a sensatez e me visto da nudez. Pulo de assalto em seus braços e me enrosco neles. Encantada com seu cheiro, eu cheiro cada vez mais para facilitar minha busca de suas sobras, você se excede no amor enquanto eu vivo na escassez. Lanho-me na aspereza de seu queixo e me banho em sua saliva. Esfrego-me em seu peito e me tatuo em cada milímetro de seu corpo até ouvir seu suspiro de animal rendido. Farto minha fome e até mudo de nome! Destelhada viro gata para viver nessa morada mais que de zinco, muitíssimo mais, é um verdadeiro brinco de ternura. A quentura vai além do que indica o termômetro da prudência.

Mas quem disse que devo à ela obediência?

quinta-feira, 19 de abril de 2007

Matriz e filial


Felicidade e saudade
moram na mesma rua
onde a imaginação alcança.

Fica logo ali...
Entre o beco da lembrança
e a rua do ligeiro.

Não existe final
para um coração apaixonado.

A lágrima e o sorriso
fazem um duo de improviso
cantando debaixo do mesmo chuveiro...
Matriz e filial