sábado, 2 de abril de 2011

BRILHA O SOLZINHO NAS AVENCAS

Brilha o solzinho nas Avencas
dormitando pétalas por abrir
na orla do rio se espalham
e levam o dia a descobrir
se de azul ou de verde se remetem.

Águas lúcidas – tão lúcidas –
(como gorjeios de aves)
têm cavalos de espuma
na embriaguez dos enclaves
além, além de tua tímida nudez.

Escutai poetas:
se o rio nasceu para ser
devemos-lhe o espanto e a alegria
como os teus olhos, amor, que, ao ver,
magnificência tamanha te enamora.

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