sábado, 2 de abril de 2011

ALMAS DESAVINDAS

Tenho tantas almas,
que, no descrer,
são montanhas a aparecer,
vãs e inúteis – sensações,
que a Razão desconhece,
e no mar permanece.

Bóiam águas calmas,
nos fúteis pensamentos…
perdidos remos e alentos,
vagando águas, outros olhos –
que nos meus, não têm porquê,
como um haver, de nem sei quê.

E da montanha, a descer,
só um nevoeiro se vê,
nado ou posto, como nem quê –
como estas almas, que me assaltam,
num redemoinho, de momentos,
cobrindo-os, de feros ventos.

Minhas almas desavindas,
são como esses ventos,
insistem nos pensamentos,
que de haver, já o eram –
assim um arado, na pedra,
onde alma alguma, medra…

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