terça-feira, 29 de março de 2011

Minha morte de amor

Morro um pedaço a cada dia que amanhece,
quisera saber mais dos meus amanhãs,
saber de alguém que escreveu
em meus olhos o caminho que sigo,
as imagens daquele meu futuro próximo.


Morro um pedaço a cada noite solitária,
meus sonhos descansam depois das seis,
tenho palavras, mas não sei dizê-las
ou a quem perguntar sobre esse escuro
e um painel negro pendurado no teto do quarto
onde somente meus olhos alcançam sua imagem.


Morro a cada madrugada que o sono não vem,
meus lábios estão secos, os sabores exalaram,
penso em voltar, mas não sei nenhum caminho,
apenas sei negar minha morte aos deuses,
cada uma que toca meu coração, digo não,
não tenho muita coisa para contar sobre ela.


Morro cada vez que revejo o retrato, ela partiu
e nunca mais voltei ao seu pensamento,
não sei como falar deste amor que me mata
todos os segundos que respiro da sua lembrança,
esta é a razão das minhas mortes todas,
todos amores em um e eu morto de amor por ela.

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