terça-feira, 29 de março de 2011

Estrela triste

Confesso, ela não é uma estrela,

conheço somente seu último beijo,

havia dominado seu corpo,

era uma historia construída em sonhos,

aqueles que nos entrelaçam com a realidade.





Uma menina grande, uma linda mulher.

queria eu ser seu primeiro homem,

mas ela não enxergava em mim esse tal,

uma jovem que precisava de jovem,

questionava-me o tempo inteiro sobre

seus pensamentos, suas vontades.





Confesso ainda que por vezes chorei,

não conseguia entender porque amar uma estrela,

uma moça de estranho tato, um beleza imensa,

ao mesmo tempo tentava desmontar sua vida,

fazendo jogos entre a ficção e a realidade,

talvez quisesse apenas se divertir ou fugir.





A tristeza era sua segunda camada,

tinha olhar de adulto no rosto de menina,

gestos inocentes e sem segurança,

dividia sua vida em quatro estações, todas ruins,

prostituição, fome, feiúra e solidão,

era uma sombra que cobria sua pele bonita

alienando a beleza e desmontando o sorriso.





Confesso que queria mais, um amor,

pegá-la no colo, fazê-la adormecer ao meu lado,

desligar os relógios, o tempo, fechar o mundo,

já não sonho paixão, é amor por uma estrela triste,

que um dia apareceu enquanto ouvia uma música lenta

e penetrou fundo n’alma quando viajei seus olhos.

Sem comentários: