Aqui,
costuma minha alma ficar...
Ela libera o casulo,
e ele corpo solto,
pode pensar...pensar...
Por vezes ela o libera p'ro mar...
Mar, preamar, amar...
E deixa-o, a deslizar pelas águas,
verdes/azuis de lá...
Enquanto isso,
frente às cercas vivas,
de verde alumiar,
m'alma aqui se finca,
sobre o esparramar das caimbés...
E ela, etérea, viajora sem limites,
parece parar, e pasma,
criar pés...
Fica encantada,
quando se faz a revoada,
a sonata dourada,
- harmonica encantada -
dos pássaros a cantar...
Corredeiras rasteiras,
de águas dos caldários,
que abstersas,
fazem relicários,
quando nas manhãs, tardes inteiras,
os multicolores pássaros pousam,
descansam seu voar,
e põem-se a cantar...
Até meu corpo,
liberado pra navegar,
volta volitante,
pois inebriado pelo instante,
deixa por momentos a magia do mar...
Alumbrado carisma,
que mesmo nas camaismas,
fascinam os guerreiros camaiurás...
Ah...suave acalmia,
que faz m'alma querer ficar...
Uma casa?
Uma rua?
Uma pousada?
Não ali,
muita beleza quintessenciada há...
Minha alma, mesmo mística,
remanescente de vida eterna,
ali quase se hiberna,
pois que se encanta ouvindo dos passaros, o cantar...
Eposta exposta, justaposta,
lembra-se de seu eterno labutar...
Assume o corpo...
E chorosa bate em retirada,
pois o que mais lhe abate e a deixa esquálida,
é afastar-se daquele estágio/cor vivificada,
onde os pássaros fazem morada...
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