Invado seu telhado. Sim! Ele é de zinco. Dispo a sensatez e me visto da nudez. Pulo de assalto em seus braços e me enrosco neles. Encantada com seu cheiro, eu cheiro cada vez mais para facilitar minha busca de suas sobras, você se excede no amor enquanto eu vivo na escassez. Lanho-me na aspereza de seu queixo e me banho em sua saliva. Esfrego-me em seu peito e me tatuo em cada milímetro de seu corpo até ouvir seu suspiro de animal rendido. Farto minha fome e até mudo de nome! Destelhada viro gata para viver nessa morada mais que de zinco, muitíssimo mais, é um verdadeiro brinco de ternura. A quentura vai além do que indica o termômetro da prudência.
Mas quem disse que devo à ela obediência?
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