quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Perdoa-me...

O coração debruça frente as minhas verdades,

busco ao fundo da alma os porquês...

Sem respostas,

deparo-me frente a este mundo

que por vezes mostrou-me o louro;

por outras, colocou-me frente à derrota.



Quero pedir-te perdão meu grande e único amor...

Hoje,

despeço-me deste sentimento lindo

que me fez chegar até aqui, tropeçando ou não...

Dos erros que cometi, fui pago com o mesmo

através da senhora ilusão;

tomada pelo prazer momentâneo

que me custa a dor mais profunda

que o universo possa apresentar-me...



Ao fechar as cortinas do tempo

recolher-me entre estrelas,

seres encantados

se fizeram presente a meu redor.

Fazendo-me ter forças necessárias

para não entregar-me à senhora morte,

que, por vezes, tentou abraçar-me...



Neste novo caminho

imposto por esta dor infinita

pude sentir que sou querido e desejado

até mesmo por silhuetas mais jovens que a tua.

Mas tudo foi em vão, pois a essência se foi...



Hoje,

o poeta se debruça

frente sua janela de encanto e poesia

onde, de um mundo por vezes imaginário,

retira inspiração que toca corações solitários.

Hoje,

o grande se torna pequeno...

Não somente para pedir-te perdão,

Mas como pedir a tudo que me ladeia,

que eventualmente, sem querer,

tenha algum dia machucado, ou ferido...



A você terra

a qual tanto piso e pouco ofereço...

A vocês meus pássaros, meu animais,

a quem às vezes, pouco tempo tenho

para retribuir-vos o amor oferecido...

A vocês meus amigos e amigas

os quais tanto me dão de carinho...

Até mesmo a você, ou vocês;

aos que não gostam de mim

mesmo sem que eu saiba o porquê;

só quero vos pedir perdão...



E hoje, quando despeço

do sentimento mais lindo que vivi

para iniciar a procura pelo meu novo sol

apenas vos peço:

- Vivamos em paz, apenas isto!...



Agora volto-me à janela

de lá, vou em busca da inspiração.

Mesmo que ela advenha da dor

afinal,

sempre será prova de meu aperfeiçoamento!...

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