Aquele olhar enjaulado
presente entre tantos porquês
me contava tanta coisa
um pedido de misericórdia
para parar de sofrer.
Não sou louco, ele dizia
Só quero poder viver!
Porque que a ingratidão
tinha que me acontecer?
Se manifestava entre gestos
sem ter qualquer expressão
nas perguntas que saiam
libertas em esgares febris
dúvidas que se agigantavam
solicitando respostas...
Sua dona ainda menina
mesmo já sendo mulher,
está doente, carente,
perdida na escuridão
sem encontrar direção.
Retrato de uma alma aflita,
de um coração em ruínas
exposto num olhar indefeso
desesperançado, cansado,
incógnito num grande mistério
esquecido entre tantas lembranças
destroços de uma vida
que teima em sobreviver.
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