quarta-feira, 3 de outubro de 2007

NOSTALGIA

Sempre te ouvi, sorridente poetisa,
e intrigado assimilei o teu canto
ao caminhar dúbio de minha vida,
ritmando cada fase do meu pranto.

Edifiquei frágeis castelos ao vento
para a morada de insanos anseios,
buscando então o consolo e o alento
que me levassem o ardor de tantos receios.

Por noites e dias em que atravessei
minha própria alma entre dores e alegria,
digo-te agora, poetisa, que fracassei...

Emudecerá também minha voz de poeta,
deitando à eternidade a nostalgia
de uma vida... que nunca foi completa.

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