Agora,
percorro caminhos antes floridos e de luz,
e por eles retorno...
Procurando saber onde estará o ponto do meu reinicio.
Atravesso vales de sombras
Onde se encontram guardados tudo aquilo,
que seres chamados de humanos,
e tratados como irmãos me fizeram de mal...
E, nestes “vales sombrios”,
que a gente procura esquecer de nossa existência
posso ver que mesmo neles,
existe a guarda de ensinamentos e de meu aperfeiçoamento.
Então, paro diante da porta do mesmo e a abro,
Faço a luz adentrar
apago as lembranças
e o vale antes escuro e sem vida,
passa a ser mais um vale florido,
seus habitantes; seres perdoados...
Continuo meu caminhar solitário
deparo-me com o “vale do respeito”.
Lá, vejo-me diante de mestre único do amor,
que volta a saudar-me...
Prossigo, vou ao “vale da família”
lá encontro um vazio com aroma de lavanda,
bancos que guardam chapéus, lenços;
cada qual a lembrança de meus entes que já se foram,
e de mim receberam amor e carinho.
A lágrima da saudade logo vem à face...
E prossigo,
deparo-me com o “vale da amizade”,
espanto-me com o número de pessoas,
(algumas que nem conheci pessoalmente)
gratificam-me a alma...
O sorriso volta
diante do carinho e apreço de muitos...
Continuo meu caminhar...
Deparo-me, enfim, com o “vale do amor”...
Sinto o aroma de meu grande amor
e começo a procurar como louco.
Mas, logo ao caminho, deparo-me com a serpente
e ela pronta a dar o bote, diz-me:
- De que vale serdes tão bom,
Se eu apenas em horas desfiz teu reino?
Uma dor profunda toca-me a alma
abaixo a cabeça e saio rumo ao desconhecido,
ao nada...
Peregrino como louco
e quando penso em entregar-me
eis que me surge à frente...
Olhos de mel, pele de seda,
mãos de fada, silhueta invejável... Beija-me e diz:
Quero contigo escrever nossa história de amor!
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