segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Dolorido retorno

Agora,

percorro caminhos antes floridos e de luz,

e por eles retorno...

Procurando saber onde estará o ponto do meu reinicio.

Atravesso vales de sombras

Onde se encontram guardados tudo aquilo,

que seres chamados de humanos,

e tratados como irmãos me fizeram de mal...



E, nestes “vales sombrios”,

que a gente procura esquecer de nossa existência

posso ver que mesmo neles,

existe a guarda de ensinamentos e de meu aperfeiçoamento.

Então, paro diante da porta do mesmo e a abro,

Faço a luz adentrar

apago as lembranças

e o vale antes escuro e sem vida,

passa a ser mais um vale florido,

seus habitantes; seres perdoados...



Continuo meu caminhar solitário

deparo-me com o “vale do respeito”.

Lá, vejo-me diante de mestre único do amor,

que volta a saudar-me...

Prossigo, vou ao “vale da família”

lá encontro um vazio com aroma de lavanda,

bancos que guardam chapéus, lenços;

cada qual a lembrança de meus entes que já se foram,

e de mim receberam amor e carinho.

A lágrima da saudade logo vem à face...



E prossigo,

deparo-me com o “vale da amizade”,

espanto-me com o número de pessoas,

(algumas que nem conheci pessoalmente)

gratificam-me a alma...

O sorriso volta

diante do carinho e apreço de muitos...



Continuo meu caminhar...

Deparo-me, enfim, com o “vale do amor”...

Sinto o aroma de meu grande amor

e começo a procurar como louco.

Mas, logo ao caminho, deparo-me com a serpente

e ela pronta a dar o bote, diz-me:

- De que vale serdes tão bom,

Se eu apenas em horas desfiz teu reino?



Uma dor profunda toca-me a alma

abaixo a cabeça e saio rumo ao desconhecido,

ao nada...

Peregrino como louco

e quando penso em entregar-me

eis que me surge à frente...

Olhos de mel, pele de seda,

mãos de fada, silhueta invejável... Beija-me e diz:

Quero contigo escrever nossa história de amor!

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