quinta-feira, 4 de outubro de 2007

CLAUSTRO DA ALMA

Perdeu-se a luz do olhar... a janela

do sonho enclaustrou -se em neblinas...

Solidão encarcerada sem uma estrela

a fulgir neste claustro em ruínas.



Quedo-me na nostalgia do abandono...

Ouvem-se sonâncias perdidas no horizonte

que cingem a minh' alma neste outono

algemando os meus passos sem ponte.



Quisera resgatar oásis de primavera

que despontavam na janela do coração...

Absorver o aroma jovial da quimera.



Quisera agarrar as alas errantes do vento

Evadir -me das brumas desta prisão

E adejar até aos confins do pensamento

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