Refém e amante de sua própria imaginação
das profundezas apenas vociferava blasfêmia
não cuidou em afagar o sofrido coração
preferiu as contradições que a mente consumia
Travestido da sua verdade cruel, falsa e absoluta
deixou-se dominar sem mostrar resistência
contrariou com vontade a regra de ouro escrita
seguiu os caminhos ditados pela inconsequência
Imagens várias dançavam , coreografias cumpriam
instantes de gôzo nos seus ouvidos gritavam
eram corpos entrelaçados que de prazer gemiam
Num momentâneo despertar nos braços da realidade
contorceu-se ante o desejo do corpo, da boca e do beijo
a mão vazia estendida não mais alcançou a felicidade
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