segunda-feira, 3 de setembro de 2007

INQUIRIÇÃO

Porque nasce a barreira apática e sombria

feita de chumbo magoando o sol cada manhã,

no ombro da caudalosa existência, na íngreme

ladeira das esperanças que eu não idealizo...

mera forma de fantasiar a insolente mentira!







Esperamos a benevolência já cansada de falácia,

no cativeiro que arde chorando o imitar esfíngico

das horas incertas, como olhos de lâminas em

corpos sangrando, sobre o deserto de

esquecimento no ataúde impressionável,

no ornar das essências.







Porque existe o nada com disfarce que asfixia

as auroras nunca chegadas, onde todos os dias

paira a distância do irreal, num capricho avaro

que urge a verdade feita de rochedos, numa

apatia modelada de mitos que esvoaçam leves!..

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