A RESIDÊNCIA DA ALMA

Há muito tempo passado, exatamente 360 anos antes da vinda de Jesus Cristo, um homem que conhecia um pouco da alma do ser humano, escreveu um texto que começa assim:
“Ninguém é dono da sua felicidade, por isso não entregue sua alegria, sua paz e sua vida nas mãos de ninguém, absolutamente ninguém. Somos livres, não pertencemos a ninguém e não podemos querer ser donos dos desejos, da vontade ou dos sonhos de quem quer que seja”.
Se formos meditar profundamente na extensão, na profundidade e na verdade dessas palavras, certamente que chegaremos a conclusão de que realmente Aristóteles,
o místico e Filósofo grego, estava correto na sua afirmativa.
Do pouco que conheço, através de estudo da vida de Aristóteles, posso dizer que,
a vida de Aristóteles era cercada de mistérios. Segundo se sabe e nos conta a ciência oculta, Aristóteles tinha o hábito de meditar nas encostas dos montes e quando se ausentava jamais dizia aonde ia. Segundo nos dizem alguns relatos preservados, Aristóteles possuía um templo, uma espécie de mosteiro, onde seus adeptos passavam por uma grande iniciação para que pudessem ser aceitos, para se aprofundar nos estudos da alma do ser humano.
Ainda, segundo relatos, Adônis foi um de seus adeptos, iniciado naquele templo e cujo
adepto é o mesmo anjo Gabriel que apareceu para a anunciação de Maria, mãe de Jesus.
A verdade muitas vezes nos causa dúvida, fazendo-nos incrédulos dela mesma, talvez seja por isso que Tomé, o apóstolo de Jesus, antes de crer precisou ver.
Não seria a dúvida o principal motivo do escritor se aprofundar no conhecimento da
verdade, para fazer o relato do que lhe parecia obscuro? Embora eu tenha minha
crença no que estudei, confesso que ainda sou escravo da verdade e para crer eu
preciso ver para me convencer. Mas eu me convenci de que nasci livre, sou livre e continuarei a sê-lo por todos os tempos, sempre, porque sou o construtor da minha alegria, da minha felicidade e da minha paz.