sábado, 1 de janeiro de 2011

Tuas janelas

Gosto quando tuas janelas estão abertas,
os olhos refletindo mais que ansiedade do desejo,
a boca propondo prazeres saborosos,
enquanto nos seios os mamilos mostram tesos e frescos.


Gosto quando encontro teu corpo sobre a mesa
a espera não de entendimento, mas de toques loucos,
tuas pernas entreabertas a intrigar os sentidos,
a pelve aveludada exalando o perfume com o cio.


Gosto quando tuas carnes latejam em teu nu
que abre e fecha movimentando as ancas,
as janelas se expõem a um convite irrecusável
não mostrando discernimento para o prazer.


Gosto quando os olhos fecham e abrem ansiosos
a procura d'outro tesão que a complete,
a pele arrepia quando sopro suave,
de cima abaixo, do colo aos grandes lábios.


Gosto quando toco tuas vidraças invadindo-as,
quebrando tuas janelas em um consentir
dado ao prazer que anestesia as carnes,
desalinhando da alma aos pensamentos.


Gosto do caminhar inadvertido da minha boca,
saboreando e inalando perfumes todos misturados,
começo e recomeço toques e penetrações,
fazendo-me múltiplo, único, apenas teu homem.

Sem comentários: