domingo, 2 de janeiro de 2011

Outra noite

Não mais busco sonhos de amor,

navego corpo e alma que me quer,

às vezes mansa, às vezes noturnas,

todos os desejos de homem comum,

todos os passos de um único prazer.





O sentimento desequilibra a busca,

não existe nada na promessa eterna,

sei das palavras ditas no ouvido

que depois exalam no tempo da paixão,

se tiver verdade o amor fica e vive.





Sou pedaço de uma natureza impura,

criatura de uma peça teatral encenada,

abrem-se as cortinas, abre-se a vida,

as frases são quase cenas treinadas,

não o sentir, o gosto e o prazer do sexo.





Mais uma noite e o sonho que se vai,

busquei o amor e dei prazer,

entreguei uma alma natural de amante,

nada foi miragem de uma noite,

fui eu quem a amou sem encenar a vida.

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