Te quero tanto que me apraz cantar!
Colher os ventos, fios da neblina,
E no teu colo, ser tua menina,
Tecendo pensamentos de te amar.
Te quero tanto que nem sei falar!
O meu recato já não me fascina,
Não há no mundo, sábio que defina,
Essa vontade louca de pecar!
Te quero na manhã que descortina,
Abrindo uma janela para o céu,
Onde recebo, dócil, teu afeto.
E te querer tem sido uma doutrina,
Que faz do meu silêncio um escarcéu,
De todo teu desejo, o meu decreto.
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