O broto que acorda a primavera,
Sorrir em mim os mais íntimos alvores.
Fruir na relva límpida quimera,
Vida e amor, como se fossem flores!
Ao me veres tão alva, transfigurada
Como a pétala de um jasmim com dor
Ser o sonho no teu - a eterna amada -
Renunciar num murmurar padecedor.
Viver no grito do último suspiro
O acorde pulmonar que em ti respiro
Entregue à morte, à vida declinar...
No medo de um silêncio frio, intruso
Em que te apraze o lugar de meu verdugo
Ser o morrer de não poder te amar.
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