Rasga-se a esperança no ventre do cosmos
inundando de luz o silêncio da mente,
aprisiona-se o corpo que vem da semente
nesta Terra plantada por entes remotos.
No vórtice do tempo que dobra as estrelas
nas colinas do medo em que alastra o torpor
neste ocaso de vida, num leito de dor,
estrangula-se a voz, perecida nas trevas.
E num brado de cor, num abismo de fé,
vai sulcando o vazio em busca do começo,
do sentido da vida, da razão de ser...
E na mesma frequência que tudo prevê
adornamos os astros com qualquer boneco
e calamos angústias do nosso viver.
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