domingo, 26 de julho de 2009

Falar de amor

Falar de amor é como agarrar uma estrela,
pular o vento que corre em direção à chuva,
aprender como nasce as flores, fazer nada,
murmurar palavras no ouvido da mulher amada.


O amor não é como a paixão que corre o corpo
ou brilho de sol que cede a luz ao branco da lua,
como o calor que percorre as veias e entranhas,
fazendo a carne molhar o sexo de desejo do outro.


O amor não é dança de tribo para acasalar,
é borboleta que voa solitária em uma linha do céu,
que nasce entre folhas, entre beijos, entre abraços,
escondendo palavras como fonte no meio da mata.


Toque a luz invisível que vem da sua alma,
o desejo é como estufa que queima sozinha,
logo a carência vem à flor da pele,
brotando óleo que perfuma seu hálito de beijo.


Um dia aprenderei a falar com minha alma,
arrancar as tristezas, limpar os restos, as decepções,
refletir em meu olhar todos os sonhos,
dar o prazer misturado a uma poção de felicidade.

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