terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

CULTIVO DO TEMPO

Que são meus anos transcorridos, senão passados gravados e esquecidos de momentos que não voltam mais. Eu vivi, sim, eu vivi anos solenes e insones na viva esperança de que se perpetuassem, e os fizeram na minha alma, que sonha com novos porvires. Eu vivi épocas prateadas, exalando perfumes de flores, odores que povoam silentes meus ares. Eu plantei amores de então, mas os anos não me privaram das fragrâncias adjacentes do meu coração. Os anos passaram, mas não arquivaram meus momentos felizes, porque são e serão sempre raízes do que plantei... Eu cantei, sim, eu cantei louvores dedilhando harpas... Eu plantei nas escarpas do tempo a fartura do amor que ainda está em mim.

Sem comentários: