sábado, 27 de novembro de 2010

O dia em que a vida morreu

Que luz ronda minha alma
e a insone noite,
onde batem as portas
de um céu azul,
uma constelação invisível
a meditar um Deus.


Quem sou eu agora,
separado dos anjos bons,
uma lanterna sem luz,
jamais tocado no amor:
impassível dos atos,
impossível de sonhos,
quando decido, é depois,
pra nunca experimentar o agora.


Sou a metade de uma arca,
um projeto,
o pensamento misterioso,
devolvam-me ou
guarda-me em segredo,
no teu corpo de carne impura,
onde relógios batem horas, anos,
minutos passam até morrer as flores.


Talvez lá...
Em um dia que a vida morrer,
no reino da nova luz,
um novo pensamento,
uma fantasia misteriosa,
um louco, absolutamente eu,
serei sepultado numa estrela,
branca, limpa, como minha luz.

Sem comentários: