Vinha chegando noite, o fim do dia,
Era a hora de quem tinha jantar.
E quem não tinha andava a mendigar,
Nas ruas da cidade, já vazia.
Alguém estendeu-me as mãos a soluçar...
Minha alma se comove, não resiste,
Ao ver aquele rosto velho e triste
E lhe oferece a sorte dum jantar.
Ele olhou-me, feliz, como quem sonha
E tinha uma expressão doce e medonha
Como sendo de amor a sua cruz.
E vi naquele olhar de peregrino,
A luz sagrada de brilho divino
Do olhar, agradecido, de Jesus.
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