Meu coração!
Dê-me a graça de pensar
na visão de um mar bravio
que outorga prata aos anos
e balança os litorâneos
das cabeceiras do rio!
Saia!... e fecho a porta.
Sinto frio!
Meu coração, velho outono!
Mostrando a cobertura, desfloriu.
Carne sem corpo
que atrita a alma, um sopro
no horizonte do extravio.
Saia!... e fecho a porta.
Sinto frio!
Ó coração baldio!
Vagueia na minha alma inteira,
à procura, cega e marinheira,
da chama já extinta de um pavio.
Saia!... e fecha a porta
Sinto frio!
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